Mostrar mensagens com a etiqueta biologia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta biologia. Mostrar todas as mensagens

06 agosto, 2009

O bicho-da-seda


A larva do bicho-da-seda (lepidóptero da espécie Bombyx mori) produz uma secreção fluida oriunda de um par de glândulas salivares modificadas, glândulas sericígenas ou sericteria ( sericterium no singular), cujos canais se juntam numa saída comum, denominada seripositor, ao nível da cabeça. A secreção endurece por exposição ao ar, constituindo dois fios de casulo gémeos, mas distintos (um oriundo de cada glândula), constituídos por fibroína, um polímero proteico.
Um segundo par de glândulas segrega uma sunbstância gelatinosa amorfa, denominada sericina, a qual liga os referidos fios num único filamento. Assim, cada casulo ou crisálida de seda é constituído por cerca de 76% de fibroína e cerca de 23% de sericina (constituindo a denominada seda bruta), sendo o 1% restante ocupado, essencialmente, por lípidos, ceras e pigmentos. Ambas as proteínas possuem um spelling semelhante; contudo, na fibroína predomina a glicina, a alanina e a serina, enquanto que na sericina predomina a treonina, o ácido aspártico e o ácido glutâmico.
Outra função da sericina é proteger a pupa da acção lesiva da radiação ultravioleta ambiente. Para produzir a seda natural para a confecção de tecidos, a sericina é removida com soluções quentes de sabão e de uma base. De cada casulo pode retirar-se um filamento de seda com o comprimento, em média, de cerca de 800 metros, mas cuja espessura é apenas de 15 a 20μm. Na altura da saída do casulo, a borboleta segrega a coconase (do Inglês, cocoon=casulo), uma protease que destrói as proteínas do casulo, tornando-o não comerciável ao quebrar a continuidade do filamento.

04 agosto, 2009

O colagénio a esponja-de-banho e Golden Gate

Todos os metazoários possuem colagénio; aliás, o colagénio é a proteína mais abundante no reino animal, aparecendo desde as singelas esponjas (Phylum porífera). Aquilo a que chamamos esponja-de-banho, quando natural, não é mais do que o esqueleto de sustentação (constituído pot fibras de espongina- um tipo de colagénio modificado mole), após a remoção das células e das espículas de carbonato de cálcio e de sílica a variedades de esponjas espinhosas da Classe Demospongiae, a fim de se obter um produto macio e comerciável.
Spongia officinalis
Aquando a formação de fibrilas e de fibras de colagénio, a enzima lisil-oxidase promove a formação de ligações cruzadas estáveis (de tipo aldol), entre hidroxilisinas, quer intra, quer intermoleculares. Este fenómeno, levado a bom termo, é crucial para conferir às fibras de colagénio a sua resistência poderosa, de modo a que os tendões, ligamentos, ossos, cartilagem e derme exerçam a sua função de sustentação.
“A nenhumas outras formações anatómicas se aplicará, com tanta propriedade, como ao colagénio, o provérbio a união faz a força” Xavier Morato.
“On a per weight basis, the strength of collagen approaches the tensile strength of steel.”





imagem da Golden Gate Bridge