
01 setembro, 2009
Contracepção

23 agosto, 2009
A Vénus anafada

Celsius Vs Fahrenheit


Fahrenheit foi o primeiro a utilizar mercúrio, em substituição do álcool, nos termómetros. A escala de Celsius foi proposta em 1742, constando que, de início, a escala era usada de modo diferente; isto é, 0ºC era a temperatura da vapor de água em ebulição, e 100ºC era a respectiva temperatura do gelo fundente... Em 1750, Martin Stromer, pupilo de Celsius, inverteu a escala de modo a ser utilizada tal como sucede na actualidade.
A escala de Celsius é usada, por exemplo, em Portugal - escala que, em 1948, oficialmente substituiu a designação clássica de graus centígrados para graus Celsius ; contudo, a primeira designação ainda continua frequentemente a ser utilizada, pelo menos em certos meios.
Segundo reza a História, Jon Baptista van Helmont (1577-1644), médico e químico flamengo, foi o primeiro a adoptar o ponto de fusão do gelo e o ponto de ebulição da água, como medidas padrão para medições de temperatura, apesar de não ter concretamente falado em escalas
Uma fórmula muito simples converte graus Fahrenheit (ºF) em graus Celsius (ºC) e vice-versa:
5 X (ºF - 32) = ºC X 9
21 agosto, 2009
Tecido adiposo

O termo adiposo deriva do Latim, adeps= gordura animal. Mais concretamente, a palavra adiposus não fazia parte do léxico latino; foi introduzida (cerca do ano 1000 D.C.) pelos tradutores de Avicenna, o mais célebre dos médicos árabes, nascido em Kharmaithen (actualmente, Uzbequistão) e falecido em Hamadan (antiga Pérsia). Avicenna redigiu um tratado de Medicina (Canon Medicinae) o qual foi utilizado na Europa até cerva de 1650, tendo sido feitas 30 edições Avicenna foi o primeiro médico a descrever a gangrena diabética.
16 agosto, 2009
Colagénio, polissacáridos e gelatinas


Quem tiver problemas com o consumo de gelatina poderá optar por sobremesas de "gelatinas vegetais", confeccionadas à base de pectinas, agar-agar, carrageenan e kannyaku. Com estes produtos fazem-se sobremesas aceitáveis, embora algo aguadas; com efeito, aquelas "gelatinas" são constituídas por misturas de glícidos e não de proteínas, pelo que não existe, em sentido restrito, gelatinas de fonte vegetal.
As pectinas ( do grego péktos= coagulado) constituem uma família de produtos vegetais da parede celular, nos quais se associam com a celulose, sendo excepcionalmente abundantes nas maças, citrinos (incluindo a toranja) e ameixas, quando maduros. As pectinas são constituídas por polissacáridos complexos, constituídos em volta de uma cadeia central de unidades de ácido D-galacturónico, através de ligações alfa (1-4), onde se pode encontrar também alguma L-ramnose. Existem três tipos primários de polissacáridos pécticos: homogalacturonan, ramnogalacturonan I e II.

O agar-agar é um ficolóide amorfo (um polímero da galactose) derivado da parede celular, principalmente, de algas Rodofíceas, como a Sphaerococcus euchema, e de várias espécias de Gellidum .

14 agosto, 2009
Síndroma de Marfan


13 agosto, 2009
112 anos de aspirina



Félix trabalhava para uma companhia alemã (Fredrich Bayer & Co) e a sua descoberta ficou registada num protocolo resumido e assinado com data de 10 de Agosto de 1897 – Félix tinha na altura 29 anos. Todavia, por mera precaução, o produto começou a ser comercializado em 1899, por decisão de Dreser, o qual denominou o novo medicamento de Aspirin®.

A origem do nome aspirina é muito curiosa - provém de acetil+spirsäure+ in(a) (terminação muito usada em química). Spirsäure é o nome alemão para ácido espireico (uma designação clássica para ácido salicílico) -nome derivado do nome científico da ulmária, Spiraea ulmaria, uma rosácea de cujas flores se pode extrair aquele ácido.
Droga prodígio do século XX, tendo em conta o amplo espectro de situações clínicas que corrige ou que evita, a um preço que, em termos de medicamento, é de baixo custo. A aspirina é a droga mais popular e mais consumida no Mundo. Antes da introdução no mercado da Aspirina, os analgésicos que se usavam eram os opiáceos e a cocaína. A aspirina foi primeiramente comercializada como pó; em1915 foram confeccionados os primeiros comprimidos. Aliás, a Aspirina foi um dos primeiros medicamentos a ser comercializado sob a forma de comprimido. Após a capitulação da Alemanha na I Grande Guerra, a Bayer foi forçada a desistir da marca registada, como parte do Tratado de Versalhes.

Actualmente, surgiu uma polémica acerca do verdadeiro descobridor da Aspirina, na sequência de uma carta assinada, em Outubro de 1944, por um célebre químico alemão – Arthur Eichengrün (1867-1949). Eichengrün reinvidicou os louros para si, advogando que Hoffmann trabalhou sob sua inspiração, ideia e supervisão, não tendo na altura reinvidicado a sua descoberta por achar o processo de acetilação corriqueiro e pouco digno de registo especial. Eichengrün integrava a equipa na qualidade de cientista sénior, enquanto que Hoffmann era um mero subalterno. Todavia, tendo em conta a fama e os lucros astronómicos associados à comercialização da Aspirina, por que razão Eichengrün apenas levantou a questão 47 anos depois da descoberta? Há que ter em mente que na Alemanha decorria o regime Nazi, e Eichengrün era de ascendência judaica. Daí a carta ter sido redigida no campo de concentração de Theresienstadt (na então Checoslováquia), em pleno cativeiro.
07 agosto, 2009
Osteogenesis Imperfecta

A osteogénese imperfeita ou doença dos “ossos-de-vidro” é o resultado de uma mutação em um dos dois genes que codificam o colagénio de tipo I. Na grande maioria dos casos trata-se de uma doença genética autossómica dominante. A situação implica com a produção de cadeias α1 modificadas e que sofrem degradação espontânea, causando insuficiência cardíaca e ossos extremamente fracos e deformados, sujeitos a fracturas múltiplas e cuja gravidade não pode ser explicada pela intensidade do traumatismo. Pode fracturar-se uma costela, pelo simples facto de tossir, ou uma tíbia quando se vira durante o sono. São carcterísticas a presença de escleróticas azuladas e de pele fina.
Esta enfermidade foi retratada no filme Unbreakable (2000), em que a personagem de Samuel L. Jackson padecia de osteogénese imperfeita.
Síndroma de Ehlers-Danlos

Síndroma baptizado segundo Edvard Lauritz Ehlers (1863-1937), dermatologista dinamarquês e Henri-Alexandre Danlos (1844-1912), dermatologista francês. Trata-se de uma doença autossómica dominante, apesar da Ehlers-Danlos National Foundation se referir a uma forma também autossómica recessiva (http://www.ednf.org/whatisit.php). A síndroma manifesta-se face a uma deficiência na estrutura do colagénio que é uma escleroproteína imprescindível para que a pele, músculos, ligamentos e tendões exerçam eficientemente a sua função de suporte. De uma maneira geral, os afectados exibem: hipermotilidade articular, com dores, com frequentes luxações e/ou subluxações; pele “aveludada”, hiper-extensível, frágil (frequentemente com equimoses e ferimentos) e com cicatrização lenta e deficiente; fragilidade arterial, intestinal e uterina conducente a rupturas; aneurisma (isto é, dilataçºões arteriais por fragilidade das suas paredes); fraco tonus muscular e hérnias; prolapso da válvula mitral; fragilidade ocular, etc.
De acordo com os sinais e sintomas mais evidentes, descrevem-se uma série de variantes, das quais 6 são de tipo major. Por exemplo, no tipo VI, há uma insuficiência na hidroxilação da lisina, por carência de lisil-hidroxilase (como resultado de uma mutação),enzima necessária para a modificação pós-tradução da lisina em hidroxilisina, resultando num aumento da elasticidade da pele, fraca capacidade para a cura de ferimentos e ruptura do globo ocular. No tipo VII, há uma redução da actividade da peptidase do procolagénio (com ausência de clivagem na extremidade N do propéptido), resultando no incremento da mobilidade articular com luxações frequentes. Análises estatísticas recentes revelam para a doença uma prevalência de 1/5000 a 1/10000, afectando indivíduos de ambos os sexos, de todas as raças e de todos os grupos étnicos.
Hipovitaminose C

As urtigas e a alergia
Aquiles e o tendão
Anorexia e magreza “aushwitziana”

A situação clínica da anorexia nervosa pode levar, em casos extremos, a indivíduos (em geral do sexo feminino), em nada dramaticamente distintos dos exibidos no post “Kwashiorkor ou marasmo”, face a redução drástica, quer das massas musculares, quer das massas de tecido conjuntivo. A diferença fundamental é que a magreza não é fruto da falta de acesso a alimentos, antes pelo contrário, a não ingestão de alimentos pode ser deliberada (como o caso de alguns modelos fanático em conservar as medidas corporais que acham justas para o exercício da sua profissão) ou a aspectos psicopatológicos graves de repulsa descontrolada na ingestão de alimentos e quantidades adequadas. A anorexia pode alternar-se com a situação oposta; isto é, a bulimia, em que há ingestão compulsiva de alimentos em excesso, por vezes compensada pelo vómito. A malograda princesa Diana Spencer (1961-1997) pedecia de anorexia/bulimia nervosa.
Kwashiorkor ou marasmo?

No marasmo a defiência nutritiva é completa, com indivíduos extremamente magros (tipo”pele e osso”), como sucedeu em Biafra (Nigéria) entre 1967-1970, e ainda actualmente noutros locais do terceiro mundo. Nunca é demais recordar, os milhões de judeus que sucumbiram perante o marasmo criminoso perpetrado pelo Nazis, nos seus infames campos-de concentração.

Imagem 1 retirada do site Medline Plus
Imagem 2 retirada de site-galeria de fotos pessoal
Informação adicional sobre kwashiorkor e marasmo.
Édipo ou edema?

A aranha e a seda

A seda produzida pelos aracnídeos é a fibra natural mais resistente que o Homem conhece. É 5 vezes mais forte (em termos de peso) do que o próprio aço e é mais forte e mais elástica do que o Kevlar (aramida) – a fibra mais resistente produzida pelo Homem (DuPont, década de 1970) e usada para fazer coletes à prova de bala. Há quem afirme que uma corda de seda de Nephila clavipes com a espessura de um lápis poderia fazer parar um Boeing 747 em pleno voo. Os fios de seda (com uma espessura que pode variar de 1 a 5 μm, de acordo com as espécies) podem esticar 5 vezes o seu comprimento original sem quebrar, possuindo um coeficiente de restituição muito baixo, tornando-os ideais para absorver a energia, sem se romperem, do embate de um insecto durante o voo, em vez de o catapultar por “efeito trampolim”. As glândulas sericígenas dos aracnídeos não são glândulas salivares, mas sim glândulas abdominais. Além do Bombyx e dos aracnídeos, agumas espécies de vespas parasitas e de formigas também produzem seda.
Os termos fibroína, sericina e serina foram propostos por Cramer, em 1865, na altura em que descobriu os produtos precisamente na seda bruta. Sericina e serina derivam do Grego, serikos = seda – de Ser, uma antiga tribo indina, onde a seda foi procurada. Em 1902, Fisher&Leuchs determinaram a estrutura da serina ( um L-aminoácido não-essencial).
06 agosto, 2009
O bicho-da-seda

04 agosto, 2009
O colagénio a esponja-de-banho e Golden Gate

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