07 agosto, 2009

A aranha e a seda


A seda produzida pelos aracnídeos é a fibra natural mais resistente que o Homem conhece. É 5 vezes mais forte (em termos de peso) do que o próprio aço e é mais forte e mais elástica do que o Kevlar (aramida) – a fibra mais resistente produzida pelo Homem (DuPont, década de 1970) e usada para fazer coletes à prova de bala. Há quem afirme que uma corda de seda de Nephila clavipes com a espessura de um lápis poderia fazer parar um Boeing 747 em pleno voo. Os fios de seda (com uma espessura que pode variar de 1 a 5 μm, de acordo com as espécies) podem esticar 5 vezes o seu comprimento original sem quebrar, possuindo um coeficiente de restituição muito baixo, tornando-os ideais para absorver a energia, sem se romperem, do embate de um insecto durante o voo, em vez de o catapultar por “efeito trampolim”. As glândulas sericígenas dos aracnídeos não são glândulas salivares, mas sim glândulas abdominais. Além do Bombyx e dos aracnídeos, agumas espécies de vespas parasitas e de formigas também produzem seda.
Os termos fibroína, sericina e serina foram propostos por Cramer, em 1865, na altura em que descobriu os produtos precisamente na seda bruta. Sericina e serina derivam do Grego, serikos = seda – de Ser, uma antiga tribo indina, onde a seda foi procurada. Em 1902, Fisher&Leuchs determinaram a estrutura da serina ( um L-aminoácido não-essencial).

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