23 setembro, 2009

Proust era um neurocientista


Título original: Proust Was a Neuroscientist
Autor: Jonah Lehrer
Editor: Lua de Papel

Ano de edição: 2009

"Os cientistas descrevem o nosso cérbro em termos físicos, falam de células eléctricas e espaços sinápticos. A ciência esquece, porém, que não é assim que nos vemos ao olhar para o espelho. Por isso precisamos da arte. Ao exprimir a nossa experiência real, o artista recorda-nos que a nossa ciência é incompleta, que nenhum mapa da matéria explica a imaterialidade da nossa consciência. Diz-nos, em suma, que somos feitos de matéria - da matéria física- mas também da matéria com que se fazem os sonhos.

A partie da obra de oito artistas - um pintor, um poeta, um chefe de cozinha, um compositor e quatro romancistas - Johah Lehrer mostra como cada um deles revelou verdades fundamentais sobre a mente humana que a ciência só agora começa a desvendar. Ficamos a saber como Proust explorou a falibilidade da memória, como o chef francês Escoffier descobriu o umami ou como Gertrude Stein descodificou a estrutura profunda da linguagem - meio século antes de Chomsky. Lehrer mostra que há um preço a pagar quando se reduz tudo a átomos, acrónimos e genes: medir não é o mesmo que compreender e é aqui que a arte suplanta a ciência."





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