Num estudo de Koocher (1974) surge uma relação hipotética entre o desenvolvimento cognitivo e as atitudes perante a morte: no nível 1, ligados ao período pré-operacional surgem raciocínios fantasiosos e mágicos (raciocínio egocêntrico); no nível 2, ligados ao período das operações concretas surgem pensamentos sobre formas de infligir a morte e no nível 3, ligados ao período das operações formais surgem explicações mais abstractas, com ideias de deterioração física, nomeação de causas, o reconhecimento da morte como fenómeno natural. é ainda observado por este autor que crianças que tiveram contacto directo com situações que envolveram a morte aoresentam uma melhor elaboração do seu conceito.
Torres (1979) estudou mais profundamente a relação entre o desenvolvimento cognitivo (Piaget) e a evolução do conceito de morte, segundo três dimensões: extensão, duração e significado.
-Período pré-opercional: não é feita qualquer distinção entre seres inanimados e animados. As crianças não negam a more, mas é-hes difícil separá-la da vida. Não percebem a morte como finita e irreversível.
-Período das operações concretas: as crianças distinguem entre seres inanimados e animados. Não dão respostas lógico-categoriais de causalidade da morte. Procuram aspectos preceptivos como a imobilidade para a definir. Já é percebida como irreversível.
-Período das operações formais: reconhecem a morte como um processo interno, que implica uma paragem nas actividades do corpo. Percebem-na como universal. Podem já dar respostas lógico-categoriais de causalidade. A morte é definida como parte da vida.
Imagem de Gustav Klimt, "Morte e vida" (1916)
14 setembro, 2009
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