A actual situação crítica do ambiente global e da exploração e utilização dos recursos naturais são dois dos maiores desafios que se colocam à sobrevivência das espécies, inclusive dos próprios seres humanos. Este facto resulta de políticas que não têm tido em consideração o equilíbrio frágil do planeta, especialmente desde a Revolução Industrial, iniciada nos finais do século XVIII, que exige novas atitudes e estratégias de actuação.
Embora a consciência da realidade e da necessidade de actuar em defesa do planeta esteja a chegar a cada vez mais pessoas e instituições, são numerosos os domínios em que se verificam danos e deficientes formas de usar os recursos.
A degraadação ambiental é reflexo do desenvolvimento dos países, cujas consequências diferem em função do grau de desenvolvimento e das respectivas características culturais, económicas e sociais.
Se é verdade que os países desenvolvidos se caracterizam pelo seu elevado nível de vida, também sabemos que esse facto é devido parcialmente ao uso excessivo dos recursos naturais que tem alimentado o circuito de produção/consumo, com elevados custos ambientais, como a produção de resíduos sólidos e líquidos perigosos, a poluição do ar, dos solos e das águas superficiais e subterrâneas e a destruição da cobertura vegetal natural.
Nos países em desenvolvimento colocam-se alguns destes problemas e adicionam-se outros, como a espoliação dos próprios recursos para a sua exportação em bruto, para os países que o transformam e depois os comercializam, contribuindo para o aumento das desigualdades da repartição dos rendimentos. Muitos dos solos daqueles países são também usados para a prática de monoculturas agrícolas intensivas, contribuindo para a erosão dos solo e aumento da dependência alimentar das populações desses países.
A escassez de rendimentos obriga a população a tentar todas a formas possíveis de sobrevivência. É o caso do corte de madeira florestal de árvores de grande porte, com um enorme potencial de valorização, que num mercado de trocas justas representaria uma maior entranda de divisas.
A intensificação das trocas comerciais e a crescente mobilidade das pessoas, em grande parte por motivos turísticos têm, por sua vez, contribuído para o aparecimento de graves problemas na qualidade do ar. Assim, actualmente, enfrentamos o fenómeno do aquecimento global e o espectro das suas consequências.
11 outubro, 2009
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